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Não podemos falar em desenvolvimento sustentável se continuarmos a deixar de parte, uma parte significativa da população.
1 100 milhões de meninas, exigem o fim das desigualdades, o fim da discriminação pelo simples facto de terem nascido do sexo feminino.
O Dia Internacional das Raparigas, foi celebrado pela primeira vez a 11 de outubro de 2012. No mesmo ano, e dois dias antes, uma menina era atacada num autocarro escolar quando saía da escola no Vale de Swat, uma província do Paquistão.
Malala Yousafzay tornava-se o símbolo mundial na luta pela educação e direitos das raparigas.
Neste dia, a ACEGIS procura sensibilizar e dar visibilidade aos números da desigualdade e da discriminação das raparigas. Os números que pesam todos os dias nas meninas em todo o mundo.
Uma luta que muitas meninas enfrentam não apenas hoje, mas todos os dias das suas vidas, ao longo das suas vidas, A luta pelo direito e acesso à educação, o combate à mutilação genital feminina, à pobreza, e ao casamento infantil.
Em 2016, continuamos a apresentar dados, a sensibilizar e a dar visibilidade aos desafios de nascer do sexo feminino no século XXI.
Este ano, o tema escolhido para a celebração do Dia Internacional da Rapariga é igualdade de meninas = Realização de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: Os dados sobre a situação global das meninas.
A desigualdade, de nascer do sexo feminino, só poderá acabar quando conseguirmos incluir o direito à educação, o direito à saúde, de lutar contra a contra a discriminação, a violência contra as mulheres, a mutilação gentil feminina, e contra práticas repugnantes como o casamento infantil.
De facto, não podemos falar em desenvolvimento sustentável se continuarmos a deixar de parte, uma parte significativa da população. 1 100 milhões de meninas, exigem o fim das desigualdades, o fim da discriminação pelo simples facto de terem nascido do sexo feminino.
1 100 milhões de meninas em todo o mundo esperam por essa mudança. O mundo não continuar a perder o potencial de uma parte tão significativa da sua população.
Em todo o mundo uma em cada três meninas é obrigada a casar antes de completar os 18 anos. Uma em cada sete casa antes de completar os 15 anos. Todos os dias, nascem 7,3 milhões de bebés de mães com 17 anos de idade ou menos.
Se nada for feito, o número de mulheres e meninas casadas durante a infância poderá passar dos 700 milhões atuais para 950 milhões em 2030. O UNFPA e a UNICEF referem que o número de casamentos infantis poderá mesmo ultrapassar os 950 milhões e chegar a 1 bilião em 2030.
De acordo com a Girl Rising, em todo o mundo 77.6 milhões de meninas não frequentam a escola. 63% dos jovens que não sabem ler e escrever são do sexo feminino. Cerca de 33 milhões de meninas são impedidas de frequentar a escolas, por nenhuma outra razão, para além de terem nascido do sexo feminino.
250 milhões de meninas vivem na pobreza. A falta de recursos económicos das suas famílias impedem-nas de frequentar a escolar, criando um ciclo vicioso de perpetuação da pobreza.
Acreditamos que nenhuma sociedade pode ser sustentável e desenvolvida se continuar a perder, a desperdiçar o potencial de uma parte significativa da sua população. Precisamos de mulheres e meninas para participar plenamente na vida social, económica e política de suas comunidades, regiões e dos seus países.
Precisamos das 1100 milhões de meninas de todo o mundo para construir o progresso e o desenvolvimento sustentável no século XXI.
por Susana Pereira, Fundadora da Associação ACEGIS
Desde 2012, a ACEGIS faz um levantamento global sobre a situação das raparigas.
Em 2013, elaboramos o primeiro documento que pode ser consultado aqui.
Em 2014, continuamos a actualização dos dados. O artigo pode ser consultado aqui.
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Intervimos ativamente para a construção e mudança de paradigma da Economia Social e Solidária.
Pela construção de uma sociedade mais justa, paritária e inclusiva.