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Saúde Mental em Portugal: Mais vítimas mortais e mais substâncias psicotrópicas
Consumo de antidepressivos está a disparar e o suicídio está a crescer sobretudo nas pessoas mais jovens e em idade ativa, é este o retrato traçado no último relatório da Direção-Geral da Saúde.
Mais vítimas mortais e mais substâncias psicotrópicas, são essas as principais conclusões do relatório da Direção-Geral da Saúde “Portugal – Saúde Mental em Números 2015“.
O retrato da saúde mental em Portugal, traçado no último relatório da Direção-Geral da Saúde, revela que o consumo de antidepressivos está a disparar e o suicídio está a crescer, sobretudo nas pessoas jovens e em idade ativa. Mais vítimas mortais e mais substâncias psicotrópicas, são essas as principais conclusões do relatório da Direção-Geral da Saúde “Portugal – Saúde Mental em Números 2015“.
Consumo de antidepressivos está a disparar e o suicídio está a crescer
Depois das doenças cérebro-cardiovasculares (13,74%)das doenças oncológicas (10,38%), as perturbações do foro psiquiátrico (11,75%) são as que mais contribuem para a perda de anos de vida saudável, de acordo com os dados mais recentes, relativos a 2015.
A taxa de mortalidade por suicídio passou para 11,7 por 100 mil habitantes, em 2014, quando em 2012 e 2013 tinha sido de 10,1, por 100 mil habitantes.
“Muito novo para ser reformado e demasiado velho para trabalhar”. É este o comentário ouvido com frequência nas consultas consultas de prevenção do suicídio, principalmente por pessoas na faixa etária dos 40-50 anos.
São cada vez mais as pessoas mais jovens e em idade ativa que se estão a suicidar. Mantendo-se a tendência, iniciada em 2010, de taxas em crescimento nos grupos etários dos 40 aos 64 anos. Em 2014 o número de suicídios foi o mais alto de sempre.
Consumo de antidepressivos está a aumentar em Portugal, em 2014, os/as portugueses/as consumiram 91.496.345 doses diárias de alprazolam e 65.851.064 de lorazepa.
Estas duas benzodiazepinas mais prescritas (alprazolam e lorazepam) são das que têm maior potencial ansiolítico e, consequentemente, de tolerância e maior risco de dependência.
Estudos recentes comprovam que a toma regular destes fármacos estão também ligados a défices cognitivos e a alguns síndromes demenciais.
A depressão é a doença que mais tem crescido nos países desenvolvidos e é hoje a causa de maior incapacidade para o trabalho. Tendo como consequência direta o aumento a um ritmo alarmante e significativo o consumo de antidepressivos conforme evidencia o gráfico da Direção-Geral da Saúde.
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O caminho: Sensibilizar a população e reduzir o estigma
O estigma da doença mental, aliado ao pouco conhecimento, preconceito e imagem negativa dos doentes representa um dos maiores obstáculos para as pessoas com doença mental e famílias, causando entraves no pedido de ajuda e intervenção das equipas médias e na prestação de serviços de aconselhamento.
A sensibilização e informação da população para a questão da saúde mental é fundamental para o sucesso dos programas de promoção da saúde e prevenção das perturbações mentais.
Hoje no dia Mundial da Saúde Mental lembramos o lema é que necessário por em prática: “Dignidade na Saúde Mental: Primeiros Cuidados Psicológicos e de Saúde Mental para Todos”.
Documentos para Download, consulte:
Relatório “Portugal – Saúde Mental em Números 2015“
Plano Nacional de Saúde Mental (2007 -2016)
por, Susana Pereira
Fundadora da ACEGIS
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