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Prevenir e sensibilizar, face à forte probabilidade de que as atuais vítimas de violência no namoro se tornarem, mais tarde, vítimas de violência doméstica.
Conheça os indicadores mais recentes sobre a violência no namoro, o “Violentómetro” e a Campanha contra a violência no namoro – Quem te ama, não te agride!
Violência no Namoro: um forte precursor da violência doméstica.
Prevenir e sensibilizar, face à forte probabilidade de que as atuais vítimas de violência no namoro se tornarem, mais tarde, vítimas de violência doméstica.
No Dia de São Valentim ou Dia dos Namorados, procuramos alertar e dar visibilidade à problemática da violência no namoro. Salientamos a importância da prevenção e sensibilização para a violência no namoro, atendendo às possíveis consequências, nomeadamente a prevalência da violência doméstica na vida adulta.
De acordo com o último relatório anual de monitorização da “violência doméstica” da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI), em 2015 foram registadas pelas Forças de Segurança 26815 participações de violência doméstica.
Em termos da relação vítima-denunciado, em 9% existia/existira uma relação de namoro. Acresce que, do total dos casos de violência doméstica, 5,3% das vítimas tinham menos de 18 anos.
Em Portugal, não está tipificada a criminologia específica de violência no namoro, sendo que o mesmo é enquadrado no crime de violência doméstica previsto no artigo 152.º do Código Penal:
“ 1 – Quem, de modo reiterado ou não, infligir maus tratos físicos ou psíquicos, incluindo castigos corporais, privações da liberdade e ofensas sexuais:
a) Ao cônjuge ou ex-cônjuge;
b) A pessoa de outro ou do mesmo sexo com quem o agente mantenha ou tenha mantido uma relação de namoro ou uma relação análoga à dos cônjuges, ainda que sem coabitação (…) é punido com pena de prisão de um a cinco anos, se pena mais grave lhe não couber por força de outra disposição legal”.
Assim, e apesar da violência no namoro ser um crime previsto e punido, é muito frequente entre os jovens, o não reconhecimento de formas de comportamento como abusivos.
De acordo com um estudo da UMAR – União de Mulheres Alternativa e Resposta, divulgado esta terça-feira, um em cada quatro jovens considera normal partilhar fotografias íntimas ou insultar alguém através das redes sociais.
Dos/as cerca de 5.500 jovens inquiridos/as no estudo, 14% consideram legitima a violência psicológica, havendo 19% de jovens que já foi vítima deste último tipo de violência.
Tendo em vista uma intervenção de prevenção dos comportamentos de violência comportamentos, a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro desenvolveu o Violentómetro. Uma ferramenta que visa alertar os estudantes universitários para a identificação, prevenção e denúncia de comportamentos violentos, ou potencialmente violentos no namoro ou no casamento.
O Violentómetro resulta de um processo de investigação cujo objetivo é identificar comportamentos violentos quotidianos, alertar sobre eles e evidenciar o risco a que se expõem mulheres e homens.
O Violentómetro descreve 30 comportamentos uns pouco e outros mais violentos que surgem muitas vezes no namoro ou no casamento. Começa nos menos graves (piadas agressivas, chantagens ou mentiras) e acaba na violação, agressões graves ou tentativa de homicídio.
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