Parecer Técnico da CIG relativo aos Blocos de Atividades da Porto Editora
A Associação ACEGIS divulga o Parecer Técnico da Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG) relativo aos conteúdos dos Blocos de Atividades da Porto Editora.
Parecer Técnico da CIG relativo aos conteúdos dos Blocos de Atividades da Porto Editora
Salientamos que, de entre as atribuições, compete à Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género a elaboração de recomendações gerais relativas a boas práticas de promoção de igualdade de género, através da emissão de pareceres e recomendações, junto das autoridades competentes ou das atividades envolvidas.
Assim, e atendendo aos princípios da igualdade de oportunidades e da igualdade de tratamento e não discriminação entre mulheres e homens, a Comissão recomenda a adoção de apenas um bloco de atividade para crianças dos 4 aos 6 anos para que todas possam aceder aos exercícios e atividades pedagógicas de forma igual.
Recomendação: Que se adote apenas 1 Bloco de Atividades para crianças dos 4-6 anos para que todas possam praticar todos os exercícios de forma igual.
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A Associação ACEGIS volta a sublinhar:
Um brinquedo, um livro não é um objeto neutro. É um veículo de aprendizagem e de reprodução de estereótipos de género que irá refletir-se, mais tarde, no que é suposto ‘ser e fazer’ um rapaz e uma rapariga.
Mais entendemos, que esta questão não deve ser só colocada na perspetiva da discriminação de um dos sexo, o feminino. As desigualdades e os estereótipos de género subjacentes nos livros de atividades pedagógicas afetam ambos os sexos, rapazes e raparigas.
A separação simbólica entre sexos, masculino e feminino, e a visão dicotómica menino/menina, não só põe em causa o princípio da igualdade de oportunidades, bem como reforça os mecanismos sociais na reprodução de estereótipos de género.
A existência de livros de atividades ‘para rapazes’ e ‘para meninas’, é impedir, da forma mais básica, que todas as crianças possam em igualdade desenvolver os seus talentos, aptidões e interesses.
É confinar as escolhas e a liberdade individual de rapazes e raparigas a papéis pré-definidos, a normas de conduta ou expectativas diferenciadas que limitam o seu potencial de aprendizagem e de desenvolvimento.
Uma menina pode construir foguetões e um menino pode fazer bolos. Não devemos limitar esta simples possibilidade: a de aprender e de brincar em igualdade. Sem qualquer diferenciação, separação ou exclusão.
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