Aylan Kurdi: dois anos depois continuamos a ignorar os factos
Passaram dois anos desde que Aylan Kurdi, o menino sírio de três anos perdeu a vida na travessia do Mediterrâneo.
Dois anos depois continuamos a ignorar os factos. Desde o dia 2 de setembro de 2015, pelo menos 8 500 refugiados e imigrantes morreram ou desapareceram ao tentar atravessar o mesmo mar.
Só este ano, pelo menos 2 421 pessoas morreram no mar Mediterrâneo ao tentar chegar à Europa.
“Não basta que o mundo fique chocado com as imagens que tem visto nas últimas semanas. O choque deve dar lugar à acção.”
Anthony Lake, Director Executivo da UNICEF
Passaram dois anos desde que Aylan, um menino sírio de três anos, foi encontrado afogado numa praia turca. A imagem foi partilhada até à exaustão.
Apesar das palavras, da indignação, do choque e das promessas, milhares de pessoas e crianças continuam a morrer no mesmo mar.
Só este ano, pelo menos 2 421 pessoas morreram no mar Mediterrâneo ao tentar chegar à Europa.
A crise dos refugiados em números
Desde o dia 2 de setembro de 2015, data em que Aylan foi encontrado afogado em uma praia turca, pelo menos 8 500 refugiados e imigrantes morreram ou desapareceram ao tentar atravessar o mesmo mar.
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A Europa enfrenta uma crise sem precedentes. Dois anos depois da morte de Aylan Kurdi continuamos a ignorar os factos.
Em 2016, 362 753 pessoas chegaram à Europa através do mar Mediterrâneo, mais de 5 mil perderam a vida.
Este ano, e só nos primeiros 6 meses, 123 950 pessoas fizeram a travessia do mar Mediterrâneo. Estima-se que, pelo menos 2 421 pessoas perderam a vida ao tentar chegar à Europa através do Mediterrâneo.
.Hoje, voltamos a lembrar as palavras de Abdullah Kurdi, pai de Aylan Kurdi, em entrevista à BBC:
“Os políticos afirmaram: Nunca mais. Todos queriam fazer algo depois da foto que comoveu todo o mundo. Mas o que acontece agora? As mortes continuam e ninguém faz nada”.