Iémen – Uma crise humanitária sem precedentes
Cerca de 7 milhões de pessoas passam fome e dependem totalmente da ajuda humanitária para sobreviver. A situação agrava-se cada dia que passa, devido ao bloqueio dos aeroportos e fronteiras do Iémen que impede a entrada de alimentos e medicamentos.
“A menos que essas medidas sejam suspensas, haverá fome severa no Iémen. Será a pior crise deste género em muitas décadas e fará milhões de vítimas.”
Mark Lowcock, subsecretário-geral da ONU para os Assuntos Humanitários
Iémen – Uma crise humanitária sem precedentes
Milhares de vítimas inocentes entre elas muitas crianças, vão morrer de fome se coligação liderada pela Arábia Saudita mantiver bloqueadas as ligações aéreas, terrestres e marítimas ao país.
Cerca de 17 milhões de pessoas no Iémen precisam de ajuda alimentar, das quais sete milhões passam a fome, segundo a ONU.
Se nada for feito, em seis semanas, os suprimentos de alimentos estarão esgotados.
No início de novembro, Mark Lowcock, subsecretário-geral da ONU para os Assuntos Humanitários, alertava que a menos que voltem a abrir as fronteiras para os envios de ajuda, o Iémen viverá a maior fome que o mundo já viu em muitas décadas, com milhões de vítimas.
“A menos que essas medidas sejam suspensas, haverá fome severa no Iémen. Será a pior crise deste género em muitas décadas e fará milhões de vítimas.”
Lembramos que bloqueio foi imposto no passado dia 4 de novembro, após o lançamento de um míssil pelos rebeldes Huthis, que controlam Hodeida e Sanaa, que foi interceptado perto da capital saudita.
Além da fome, um surto de cólera que assola o país infetou milhares de pessoas causando a morte de outras centenas.
Em junho deste ano, a Organização Mundial da Saúde alertava para aquele que era o “maior surto de cólera do mundo”. O número de casos de cólera tinha já ultrapassou o meio milhão pessoas e causado mais de 2.000 mortes.
O porto de Hodeida e o aeroporto de Sanaa, no Iémen, vão ser reabertos, esta quinta-feira, à ajuda humanitária.
A coligação dirigida pela Arábia Saudita que combate os rebeldes xiitas no Iémen anunciou reabertura do porto de Hodeida (oeste) e do aeroporto de Sanaa à ajuda humanitária a partir de quinta-feira (23 de novembro).
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