Ahed Tamimi, acusada de agredir um soldado israelita, condenada a oito meses de prisão
Ahed Tamimi tornou-se numa heroína da causa palestiniana, estava detida desde dezembro.
Ahed Tamimi, a adolescente palestiniana acusada em tribunal por ter agredido dois militares israelitas, em Dezembro, à porta de sua casa, na Cisjordânia, foi condenada a 8 meses de prisão.
A jovem alcançou um acordo com a Justiça depois de se declarar culpada em quatro das 12 acusações: agressão, dificultar o cumprimento dos deveres militares e em dois casos de incitação à violência.
Além dos 8 meses, Ahed Tamimi terá também de pagar 1400 dólares de multa.
"A nossa força está nestas pedras", disse Tamimi, após confrontar os militares israelitas.
Ahed Tamimi a 'Joana D'arc palestina'
Com oito anos, começou a participar em manifestações contra os colonatos israelitas e, três anos mais tarde, enfrentou os militares de Israel por causa da detenção do irmão.
A 15 de dezembro de 2017, a adolescente foi filmada perto de casa, na Cisjordânia, a empurrar e agredir soldados israelitas, que acusou de terem disparado uma bala de borracha contra um primo, deixando-o temporariamente em coma.
“A nossa força está nestas pedras”, disse Tamimi, após confrontar os militares israelitas. Quatro dias depois, Ahed de 16 anos, acabaria por ser detida pelo Exército Israelita e acusada por vários crimes, da agressão a ato terrorista.
A jovem torna-se num símbolo da resistência palestiniana e da luta contra a política de detenção de menores de Israel.
Desde a sua detenção, tem-se multiplicado por todo os mundo os esforços e vozes pela libertação de Ahed Tamimi. A Amnistia Internacional lembrou que Israel é um dos países signatários da Convenção de Direitos da Criança e que “a detenção é uma medida de último recurso.”
De acordo com a Amnistia Internacional, pelo menos 350 crianças ou adolescentes palestinianos encontram-se, atualmente, presos.