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A democratização dos discursos de ódio e da intolerância, legitimados em discursos políticos, são agressões colectivas contra os direitos humanos e um ataque aos alicerces das nossas democracias.
Artigo atualizado a 05/12/2022
Artigo de Opinião
A discriminação, a intolerância e os discursos de ódio não são apenas agressões e crimes individuais. São agressões colectivas contra os direitos humanos. Como humanidade temos a obrigação de garantir a universalidade da igualdade de direitos e da igualdade de oportunidades enquanto valores fundamentais.
Celebramos no passado dia 10 de dezembro o aniversário dos 74 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) das Nações Unidas que consagra logo no primeiro artigo a universalidade da igualdade de direitos a todos os seres humanos.
Ninguém contesta a sua importância histórica enquanto marco na defesa da dignidade humana, dos direitos humanos enquanto alicerces da democracia sobre o qual se funda o edifício do Estado de direito. É isso que distingue a civilização da barbárie. Uma sociedade caracterizada pelo pluralismo, a não discriminação, a tolerância, a justiça, a solidariedade e a igualdade.
As nossas sociedades enfrentam desafios fundamentais na luta contra o fundamentalismo e a discriminação, baseada no medo, na insegurança e na intolerância. Entendemos, por isso, que a defesa da dignidade humana e dos direitos humanos é mais importante do que nunca.
A democratização dos discursos de ódio e da intolerância, legitimados em discursos políticos, são agressões colectivas contra os direitos humanos e um ataque aos alicerces das nossas democracias.
Discursos de cariz odioso não podem ter lugar nas sociedades democráticas do século XXI, continuaremos a combatê-los e a contestar os preconceitos e as causas mais profundas da intolerância e da discriminação. Nomeadamente, condutas e discursos que incitem à violência e ao ódio que representam um retrocesso na afirmação dos direitos humanos e motiva o aumento da discriminação e do preconceito.
A derrota do radicalismo, do fundamentalismo e da intolerância apenas será possível mediante a união e o diálogo entre todas as partes para defender os valores universais que promovam a paz, a solidariedade e o respeito pela dignidade humana.
Se queremos ter futuro, temos que participar na sua construção, aprendendo com os erros do passado, não os repetindo, combatendo por todos aqueles/as que precisam de nós, hoje e agora.
Conscientes de que está nas nossas mãos a possibilidade de reescrever a história e de construir a mudança para as gerações futuras: transformando as ditaduras em democracias, a repressão em liberdade, as diferenças em diversidade e o ódio em tolerância.
A construção de uma sociedade onde a tolerância é respeitada, a união se faz pela diversidade e a paz é construída, só é possível se garantirmos a universalidade dos direitos humanos.
Temos a responsabilidade histórica de travar as divisões da sociedade, de abrir caminhos à inclusão e de garantir a universalidade dos direitos humanos. Rejeitando os discursos de ódio, da xenofobia e do preconceito. Defendendo o direito universal de viver em igualdade e sem discriminação.
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