Combater o trafico de seres humanos e o casamento infantil significa não só a sua condenação, mas também lutar contra a pobreza, a discriminação e a violência contra as mulheres e as crianças.
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Combater o trafico de seres humanos e o casamento infantil significa não só a sua condenação, mas também lutar contra a pobreza, a discriminação e a violência contra as mulheres e as crianças.
Akbar, um dos “intermediários para homens que procuram boas esposas”, como ele próprio se define, aproveita-se do desespero das famílias afegãs mais pobres e desvenda pormenores sobre o tráfico de crianças, que é encarado como “normal” no país.
“Esta é a minha cultura, não faço nada que não tenha sido feito durante centenas ou até mesmo milhares de anos. Mesmo antes do profeta, Deus o tenha em sua glória. A mulher deve formar uma família, e eu ajudo-as a encontrar um marido”. É desta forma que Akbar explica o seu “trabalho”.
“Não sequestro as meninas, não obrigo ninguém a dar-me as filhas. O que faço é pôr em contacto as famílias que decidiram casá-las com homens que necessitam de uma mulher”.
Neste negócio, Akbar conta que divide as jovens de acordo com a idade, a origem e as habilitações, definindo depois um preço. O preço de uma mulher “satisfatória” é de cerca de 150 afeganis (cerca de dois euros), para além dos dez mil afeganis (cerca de 120 euros) que o traficante ganha pela intermediação.
Quase de metade das vítimas tinha menos de 15 anos no momento do casamento (44%).
A vítima mais jovem da amostra tinha 9 anos quando foi forçada a casar.
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