O objetivo 1 de desenvolvimento sustentável das Nações Unidas, “Erradicar a Pobreza”, exige o fim da pobreza em todas as suas manifestações, incluindo pobreza extrema, até 2030.
De forma a garantir que todos os homens e mulheres, particularmente os mais pobres e vulneráveis, tenham direitos iguais no acesso aos recursos económicos, bem como no acesso aos serviços básicos de desenvolvimento humano.
No contexto da União Europeia, isto significa concentrar-se nos progressos realizados para aliviar a pobreza multidimensional e garantir que as necessidades básicas dos cidadãos e cidadãs da UE sejam satisfeitas.
Nas últimas décadas, a pobreza extrema foi reduzida significativamente em todo o mundo.
Um relatório recente do Banco Mundial — o Poverty and Shared Prosperity 2016: Taking on Inequality — mostra que desde 1990, a taxa de pobreza foi reduzida em mais de metade.
No entanto, uma em cada dez pessoas nas regiões em desenvolvimento ainda vive com suas famílias em um nível inferior à linha internacional de pobreza de US $ 1,90 por dia.
Dados do Banco Mundial mostram que a percentagem de pessoas que vivem em extrema pobreza global diminuiu para 10,7% em 2013.
Entre 1900 e 2013, o número de pessoas que vivem com menos de US $ 1,90 por dia caiu nesse período de 68 milhões para 736 milhões.
A previsão preliminar do Banco Mundial é que a pobreza extrema diminua para 8,6% em 2018.
Uma das principais inovações introduzidas pela Estratégia Europa 2020 para um crescimento inteligente, sustentável e inclusivo, adotada em 2010, foi a definição de um novo objetivo comum na luta contra a pobreza e a exclusão social: reduzir em 25 % o número de europeus que vivem abaixo do limiar de pobreza e tirar mais de 20 milhões de pessoas da pobreza.
Em 2017, 112,9 milhões de pessoas, ou 22,5% da população, na União Europeia (UE) estavam em risco de pobreza ou exclusão social.
Isso significa que eles estavam em pelo menos uma das três condições: em risco de pobreza após transferências sociais (pobreza de renda), severamente materialmente carentes ou vivendo em domicílios com baixa intensidade de trabalho.
Uma diminuição de 1.2 pontos percentuais e em relação a 2008 (23,7%) e de 0.9 pontos percentuais em relação ao último ano (23,4%).
A redução do número de pessoas em risco de pobreza ou exclusão social na UE é um dos principais objectivos da Estratégia Europa 2020.
No entanto, estes indicadores evidenciam que os países da UE estão longe de cumprir a Estratégia da Europa 2020 e o objetivo europeu de reduzir, pelo menos, em 20 milhões o número de pessoas em risco ou em situação de pobreza e de exclusão social.
12,3% dos/as europeus com emprego encontram-se em risco de pobreza ou exclusão social.
De acordo com os últimos dados do Eurostat, 23,3% da população portuguesa em risco de pobreza ou de exclusão social.
Em 2017, Portugal tinha 2,399 milhões de pessoas em risco de pobreza ou exclusão social, o que representa 23,3% do total da população. Uma diferença de 0.8 pontos percentuais em relação à média da UE (22,5%)
Traduzindo uma descida de 1,8 pontos percentuais em relação ao ano anterior e uma recuperação de 2,7 pontos percentuais em relação a 2008 (26%).
Em Portugal, 23,3% da população, quase 2,4 milhões de pessoas, estavam em risco de pobreza ou exclusão social
Maior impacto é sentido por mulheres (24%) e crianças (24,2%).
Ter emprego não é suficiente para reduzir o risco de pobreza e exclusão social. Em 2017, 13,3% da população portuguesa com emprego estava em risco de pobreza ou exclusão social.
Em Portugal, o número de pessoas que vive em risco de pobreza ou exclusão social diminuiu de 2,7 milhões em 2008, para 2,4 milhões em 2017. Uma recuperação de 2,7 pontos percentuais em relação a 2008. No total, são menos 358 mil pessoas em risco de pobreza .
Em apenas um ano, a proporção de pessoas em risco de pobreza ou exclusão social em Portugal diminuiu em 1.8 pontos percentuais, traduzindo-se numa descida de 191 mil pessoas.
13,3% dos/as portugueses/as com emprego encontram-se em risco de pobreza ou exclusão social.
O desemprego é uma das principais causas para o risco de pobreza e exclusão social. Em 2017, 58,5% da população desempregada estava em risco de pobreza e exclusão social.
Porém, as novas configurações do mercado de trabalho, que se carateriza pela precariedade e instabilidade laboral, são conducentes a situações de pobreza e exclusão social.
Não podemos deixar de salientar, e ver com preocupação, o número de pessoas que mesmo tendo trabalho se encontram em situação de pobreza ou exclusão social. Ter emprego não é suficiente para reduzir o risco de pobreza e exclusão social.
Em 2017, 13,3% da população portuguesa com emprego estava em risco de pobreza ou exclusão social.
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