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A Comissão Europeia assinala, a 3 de novembro, o Dia Europeu da Igualdade Salarial.

A diferença de remuneração entre homens e mulheres na UE é de 16,2%, isto é como se simbolicamente a partir deste dia, e até ao final do ano, as mulheres deixassem de ser remuneradas.

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  European Equal Pay Day 3 de novembro – Dia Europeu da Igualdade Salarial A discriminação salarial, embora seja ilegal, continua a contribuir para as disparidades salariais entre mulheres e homens.

Disparidades Salariais: Mulheres ganham menos 16,2% do que os homens, na União Europeia. Em Portugal, a diferença de remuneração é de 17,5%.

A Comissão Europeia assinala no dia 3 de novembro, o Dia Europeu da Igualdade Salarial. A discriminação salarial, embora seja ilegal, continua a contribuir para as disparidades salariais entre mulheres e homens.

Os mais recentes progressos e avanços das mulheres no acesso à educação e formação profissional, ainda não se traduziram na melhoria das condições e posições no mercado de trabalho.

Efetivamente, homens e mulheres não têm as mesmas oportunidades no mercado de trabalho, e as disparidades salariais são a consequência prática e visível das desigualdades e discriminação entre sexos.

 

 

De acordo com os dados da Comissão Europeia, a diferença salarial entre homens e mulheres é de 16,2 %. 

 

Em Portugal, as disparidades salariais são superiores à média da união europeia. As mulheres portuguesas ganham, em média, menos 17,5% do que os homens.

Portugal é um dos países onde o gap salarial entre mulheres e homens mais tem aumentado, tendo passado de 12,8% em 2010 para 17,5% no último ano,  para o qual há dados comparáveis ao nível da UE28 (2016).

 

Nenhum país europeu alcançou a igualdade salarial,

muito embora exista uma variação bastante significativa este os 28 países da União Europeia no que diz respeito às disparidades salariais.


Nenhum país europeu alcançou a igualdade salarial, muito embora exista uma variação bastante significativa este os 28 países da UE no que diz respeito às disparidades salariais, oscilando entre os 25,5% na Estónia e  menos de 6% no Luxemburgo, Itália e Roménia.
UE 28 – 16,2%
Estónia – 25,3%
República Checa – 21,8%
Portugal – 17,5%
Itália – 5,3%
Roménia – 5,2%

Principais fatores que contribuem para as disparidades salariais entre mulheres e homens

Os cargos de gestão e supervisão são maioritariamente ocupados por homens. Em cada um dos sectores da economia, os homens são promovidos mais frequentemente do que as mulheres e, por conseguinte, mais bem remunerados. As mulheres tendem a afastar-se periodicamente do mercado de trabalho com maior frequência do que os homens. Estas interrupções de carreira afetam não só a remuneração à hora, mas também os futuros rendimentos de pensões e reformas. Estima-se que 1 em 3 mulheres reduzem o número de horas pagas a um regime de trabalho a tempo parcial, embora apenas 1 em 10 homens faça o mesmo.   Segregação na educação e no mercado de trabalho, em alguns setores e profissões, verifica-se uma tendência à sub-representação das mulheres, estando patente, entre outros, uma excessiva representação masculina, nomeadamente em cargos de gestão e de decisão. Em alguns países, as profissões predominantemente exercidas por mulheres, como o ensino ou as vendas, proporcionam salários inferiores aos conferidos por profissões predominantemente exercidas por homens, ainda que requeiram o mesmo nível de experiência e de formação.

Principais Consequências das Disparidades Salariais

Estima-se que, em média, o valor das reformas das mulheres seja inferior em 36,6% do que a dos homens, aumentando o risco de pobreza da mulher na terceira idade.

A situação precária das mulheres idosas é uma consequência direta da disparidade salarial. Como consequência direta as mulheres auferem reformas e pensões mais baixas  e estão mais expostas ao risco de pobreza.

De acordo com os últimos dados do Eurostat, 23,3% das mulheres europeias vivia em risco de pobreza e exclusão social. Em Portugal, o risco de pobreza ou exclusão social também  afecta mais as mulheres (24%) do que os homens (22,5%).

 


 

Para mais informações:

 

 

 

A trabalho igual, salário Igual.

 

Apesar do princípio da igualdade de remuneração entre mulheres e homens estar consagrado numa vasta legislação internacional, europeia e nacional, o mesmo ainda não se traduziu ou teve efeitos práticos na redução das desigualdades e das disparidades salariais.

O direito ao trabalho é condição essencial à efetivação da igualdade de direitos, na independência económica e na realização profissional, pessoal e social das mulheres. É condição essencial na construção de uma sociedade mais justa, paritária e desenvolvida.

Está mais do que chegada a hora de pôr em prática a igualdade remuneratória entre mulheres e homens no mercado de trabalho.

A trabalho igual, salário Igual. É tempo de #IgualdadeReal. 

 

 

por, Susana Pereira

Fundadora da Associação ACEGIS

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