Síria: Desaparecimentos forçados, mortes sob custódia do Estado, detenções arbitrárias
As detenções arbitrárias, os maus-tratos, a tortura e os desaparecimentos forçados continuam a acontecer na Síria. Mais de 95 mil pessoas desaparecidas, numa guerra que fez mais de 222 mil mortos. 27.989 são crianças.
Os desaparecimentos, detenções arbitrárias e execuções extrajudiciais realizadas por ordem ou com o apoio do Estado são comuns. A privação de liberdade ou a ocultação do destino do paradeiro da pessoa desaparecida, retira a esperança das vítimas e seus familiares o direito à justiça e de conhecer a verdade.
Desaparecimentos forçados, mortes sob custódia do Estado, detenções arbitrárias e tortura
De acordo com o último relatório da Rede Síria para os Direitos Humanos (SNHR) foram registados pelo menos 95.056 casos de pessoas desaparecidas entre março de 2011 e agosto de 2018. Segundo a organização, a maioria destas pessoas desapareceram às mãos do Governo sírio liderado pelo Presidente Bashar al-Assad.
De forma a silenciar a oposição, muitas destas detenções e desaparecimentos forçados têm como alvo ativistas e como meio de repressão política contra o regime de Assad.
Na maioria dos casos as detenções são feitas sem qualquer mandado judicial e sem qualquer possibilidade de contactar a família ou possibilidade de defesa. Mantidas incomunicáveis, torturadas e em condições desumanas muitas acabam por morrer.
As detenções arbitrárias têm sido frequentemente utilizadas como estratégia para espalhar o medo, a insegurança e o desespero de milhares de famílias que desconhecem as circunstâncias do desaparecimento e destino dos seus familiares.
A grande maioria das pessoas desaparecidas na Síria nunca mais foi vista depois de irem para centros de detenção do Governo.