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Nove mulheres assassinadas desde o início do ano. Até quando?

Desde o início do ano foram assassinadas nove mulheres em Portugal, vítimas de violência doméstica. A mais recente, uma mulher com cerca de 60 anos, foi esfaqueada esta segunda-feira, em Cruz de Pau, no Seixal.

 

Em apenas 35 dias, nove mulheres foram assassinadas em contexto de violência doméstica.

A mais recente, uma mulher com cerca de 60 anos, foi esfaqueada esta segunda-feira, em Cruz de Pau, no Seixal. O principal suspeito do crime é o genro da vítima, que terá fugido com a filha de dois anos e meio.

Os números são alarmantes: desde o início do ano nove mulheres assassinadas em Portugal, vítimas de violência doméstica. A vitima mais nova tinha apenas 25 anos, foi assassinada dia 31 de janeiro, em Moimenta da Beira, pelo ex-namorado, na sequência de uma discussão. Deixa dois filhos de dois e cinco anos de idade.

O último caso, aconteceu esta segunda-feira no Seixal. Uma mulher com cerca de 60 anos foi esfaqueada, o genro da vítima, foi visto a abandonar o prédio com a filha de dois anos, é o principal suspeito do crime.


A casa é o «lugar mais perigoso para as mulheres».

 

A violência contra as mulheres continua a marcar, de forma hedionda, a vida de muitas mulheres e raparigas em todo o mundo. Mais de metade das mulheres assassinadas no mundo em 2017 foram mortas pelo companheiro ou familiares, o que faz da própria casa «o lugar mais perigoso do mundo para as mulheres».

 

Em 2017, mais de 50 mil mulheres foram mortas em todo o mundo por companheiros e familiares próximos.

De acordo com  último relatório das Nações Unidas, foram registados  87 mil homicídios de mulheres em todo o mundo, cerca de 50 mil (58%) foram cometidos por companheiros ou familiares.

As conclusões do relatório são claras e «sublinham a necessidade de uma prevenção da criminalidade e de uma justiça penal eficazes para enfrentar a violência contra as mulheres».

 

Em Portugal, o reconhecimento da violência doméstica como crime público representa um marco determinante no compromisso do Estado na proteção dos direitos das vítimas, na sua esmagadora maioria mulheres e crianças.

Apesar dos progressos significativos, das legislações e dos programas desenvolvidos para erradicar a violência contra as mulheres, ainda subsiste a perceção de que o assédio, os ciúmes e a violência contra as mulheres são normais e aceitáveis. 

A violência doméstica é um fenómeno sistémico, fundado na desigualdade de poder entre homens e mulheres, das quais as mulheres são as principais vítimas. Estando frequentemente associadas a atitudes patriarcais, misoginia e objetificação da mulher.

Este flagelo constitui um obstáculo à igualdade entre homens e mulheres, à emancipação das mulheres e raparigas e ao desenvolvimento sustentável global.

 

Uma vida sem violência é um direito fundamental inalienável. Devemos unir todos os esforços no sentido de garantir que nenhuma mulher ou rapariga tenham medo de viver, e de viver livre de todas as formas de violência.

 

 

A violência doméstica é crime público.

Denunciar é uma responsabilidade coletiva.  Ligue 800 202 148.

 

 


 

«É necessário travar uma luta contra o preconceito, estereótipos e tabus, que contribuem para difundir uma visão de subalternidade da mulher e, desse modo, legitimar a violência.»

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