Significa isto que, em média, a APAV apoiou 22 crianças todos os meses, e fez 263 atendimentos por mês, tendo também ajudado 140 pessoas que eram familiares ou amigos das crianças, o que totalizou 10.509 atendimentos.
A maior parte das vítimas de abusos sexuais são raparigas (80,3%) com idades entre os 8 e os 17 anos (66,51%)
Mãe ou pai (19,8%), padrasto ou madrasta (11,7%), avós (5,8%), tios (5,2%), irmãos (2,3%) ou ainda outros familiares (9,3%).
Nas situações em que os crimes foram cometidos por pessoas fora da rede familiar (39,9%), constatou-se que, em 12,1% dos casos o agressor era conhecido da criança, em 5,9% era mesmo colega ou amigo, em 4,2% era vizinho, em 1,8% das situações era funcionário escolar, em 1,1% era funcionário de atividades.
Em 6,6% dos casos era uma pessoa desconhecida ou tinha outro tipo de relação com a criança (8,2%).
Quase dois terços (62%) dos crimes reportados tinham a ver com abuso sexual, ou seja, um ato sexual de relevo com uma criança até aos 14 anos, havendo também registo de violações (7,1%), importunação sexual (11,2%), atos sexuais com adolescentes (4,2%), recurso à prostituição de menores (0,7%) ou pornografia de menores (3,9%).
Na maioria (63,8%), os atos foram praticados de forma continuada e os autores eram maioritariamente (91,4%) homens.
Em 78,5% dos casos foi feita denúncia às autoridades policiais ou aos tribunais, sendo que em 14,6% das situações foi a própria APAV a fazer essa denúncia.
45 Cartas Educativas em 4 Áreas Temáticas: Cidadania, Direitos Humanos, Direitos da Criança e Ambiente