Num comunicado divulgado pelo Ministério da Presidência e da Modernização Administrativa, Portugal aderiu à Coligação Internacional para a igualdade salarial (EPIC), organização criada no final de 2017 com a liderança da Organização Internacional do Trabalho (OIT), do Departamento de Mulheres das Nações Unidas e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

A EPIC reúne países empenhados na igualdade salarial através de medidas concretas e pretende apoiar os Estados-membros a atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), designadamente, o cruzamento do ODS 8 que apela à aplicação do princípio de salário igual para trabalho de igual valor com o ODS 5 que visa alcançar a igualdade de género e empoderar todas as mulheres e raparigas.

“Portugal passa agora a ser o 11.º país membro da EPIC, juntando-se a países como o Canadá, a Alemanha e a Islândia e também a um conjunto de entidades públicas, parceiros sociais, empresas, e outras entidades com atuação nesta área».

Esta adesão acontece no ano da entrada em vigor da Lei n.º 60/2018, que visa promover a igualdade salarial entre mulheres e homens e constitui, para Miguel Cabrita, Secretário de Estado do Emprego, “uma manifestação de compromisso do Governo português no plano internacional e uma importante porta de entrada para a partilha de experiências do ponto de vista da aplicação de respostas concretas para combater a desigualdade salarial de género”, sendo que “a adesão à EPIC é ao mesmo tempo um reconhecimento do caminho percorrido nesta área e também uma responsabilidade acrescida para Portugal, que passa a fazer parte de um grupo restrito de países reconhecidos pela atuação nesta frente”.