Para a Secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, Rosa Monteiro, “a literacia de direitos e deveres é condição para eliminar a discriminação que persiste contra as mulheres, daí a importância desta campanha“, e “nunca é demais reafirmar que os salários só devem ser definidos com base em critérios objetivos e nunca com base no sexo; que as mulheres devem poder aceder às profissões mais bem pagas e a cargos de decisão; que o trabalho de cuidado deve ser assumido de forma igual por mulheres e por homens; e que devem ser asseguradas condições de conciliação da vida profissional, pessoal e familiar a umas e a outros”. “Só assim se conseguirá uma igualdade salarial efetiva”, conclui a Secretária de Estado.
Para o Secretário de Estado do Emprego, Miguel Cabrita, “o enquadramento legal é sempre importante, mas esta lei em concreto cria instrumentos práticos de promoção da igualdade entre homens e mulheres nas empresas de modo a combater as desigualdades salariais que persistem, e vem colocar Portugal entre os países pioneiros neste domínio”. “Esta campanha complementa os avanços nas políticas públicas como uma nova ação de informação e consciencialização da opinião pública em geral mas muito em concreto de trabalhadores, empregadores e quadros das empresas”, acrescenta. Este esforço no caminho da igualdade salarial entre homens e mulheres enquadra-se numa estratégia mais ampla do Governo para promover o trabalho digno.
A entrada em vigor da Lei da Igualdade Salarial, bem como a aprovação e a promulgação das alterações ao Código Laboral, são passos importantes não apenas do ponto de vista do combate à discriminação salarial e à precariedade, mas também do ponto de vista da construção de um mercado de trabalho mais justo e inclusivo.