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Temos de permanecer vigilantes e rejeitar todos os discursos extremistas e de cariz odioso, para que as vítimas não se tornem novamente alvo de perseguição e ataque. 

Susana Pereira - ACEGIS

Ciganos: um Holocausto Esquecido

Em memória do meio milhão de pessoas ciganas assassinadas, pelo regime nazis, durante a Segunda Guerra Mundial.

Publicação atualizada em 25/01/2022

Ciganos: Vítimas de um Holocausto esquecido. Lembramos os atos hediondos cometidos pelo regime nazi a esta minoria, que conduziram ao extermínio de meio milhão de pessoas ciganas, durante a Segunda Guerra Mundial. Estima-se que mais de 20 mil pessoas morreram no campo de concentração de Auschwitz-Birkenau.

Assinalam-se hoje os 77 anos da libertação pelas tropas aliadas do campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, símbolo máximo da barbárie, do ódio e da intolerância. É nossa responsabilidade comum lembrar as atrocidades cometidas no passado recente, de forma a prevenir que no futuro sejam cometidos crimes semelhantes contra a humanidade. 

Numa altura em que somos testemunhas do aumento de discursos extremistas e de cariz odioso contra a comunidade cigana, incluíndo os discursos políticos, lembramos os atos hediondos cometidos pelo regime nazi a esta minoria. Vítimas de um Holocausto esquecido que conduziu ao extermínio de meio milhão de pessoas ciganas, durante a Segunda Guerra Mundial.

De volta ao mundo de hoje, ao ler as notícias quotidianas sobre o aumento da xenofobia, racismo, dos discursos de ódio e da intolerância, questionamos: pode a Europa produzir outra vez as mesmas atrocidades?

A Europa atual confronta-se com o mesmo dilema de há 77 anos. Hoje, o racismo, a xenofobia e os discursos de ódio continuam generalizados e a agenda para os  direitos humanos está a perder terreno para os movimentos autoritários e antidemocráticos. 

As mesmas vítimas continuam a sofrer de discriminação, segregação e marginalização. Ostracizadas pela sociedade, confrontam-se com o preconceito, a intolerância e a exclusão social na sua vida diária. Numa mesma Europa que ainda não derrubou os muros da divisão, as amarras do ódio, do preconceito e todas as formas de discriminação baseadas na  intolerância. 

Uma mesma Europa que incita ao ódio, que fomenta o medo e a ameaça, contra minorias étnicas e grupos mais vulneráveis. Que exclui, marginaliza e segrega pessoas, através do fundamentalismo e da violência. Por isso, é cada vez mais urgente travar as divisões da sociedade. 

Temos de permanecer vigilantes e rejeitar todos os  discursos extremistas e de cariz odioso, para que as vítimas não se tornem novamente alvo de perseguição e ataque.  A barbárie, o obscurantismo e o extremismo violento não podem ter lugar nas sociedades democráticas do século XXI.

 

Por, Susana Pereira

Fundadora da ACEGIS

Associação para a Cidadania, Empreendedorismo, Género e Inovação Social

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