- geral.acegis@gmail.com
- (+351) 212 592 663
As Forças de Segurança recebem em média três queixas de violência doméstica por hora, 11% correspondem a uma relação de namoro. As queixas apresentadas às autoridades em 2019 por violência física nas relações de namoro (88%) superam as das pessoas casadas .
As queixas apresentadas às autoridades em 2019 por violência física nas relações de namoro superam as das pessoas casadas. A informação consta no relatório anual de monitorização de violência doméstica do Ministério da Administração Interna (SGMAI).
De acordo com o relatório, em 2019, as Forças de Segurança receberam em média três queixas de violência doméstica por hora, 11% correspondiam a uma relação de namoro. Sendo que a proporção mais elevada de casos em que foi assinalada a violência física registou-se nas relações de namoro (88%), superando as relações entre cônjuges ou casais em situação análoga (75%).
A violência psicológica/emocional teve valores mais expressivos (iguais ou superiores a 90%) nas situação de violência contra ex-namorados/as, assumindo valores ligeiramente inferiores quando a violência exercida é sobre atual namorado (75%). A violência sexual surge em menor proporção, variando entre os 2-3% nas situações de violência contra namorados/as e ex-namorados/as, respetivamente.
Efetuando uma análise global segundo o tipo de relação vítima-denunciado/a, a proporção de vítimas do sexo feminino também é superior nas relações de namoro (87%) quando comparada em termos globais, cerca de 82% das vítimas de violência doméstica são do sexo feminino e os denunciados do sexo masculino (84%).
Em 2019 foram registadas pelas Forças de Segurança 29.473 participações de violência doméstica, 11% correspondiam a relações de namoro (presentes ou passadas)
A violência física nas relações de namoro (88%) supera as relações entre cônjuges, casais em situação análoga,(75%).
87% das vítimas de violência no namoro é do sexo feminino e o denunciado do sexo masculino
Prevenir e sensibilizar, face à forte probabilidade de que as atuais vítimas de violência no namoro se tornarem, mais tarde, vítimas de violência doméstica.
Se o teu namorado/a te controla, humilha, insulta, isola, persegue e agride, pede ajuda. Isso não é amor, é violência! #NãoPermitas! #ViolênciaNoNamoro
Considerando a importância da prevenção e sensibilização para a problemática da violência no namoro, atendendo às possíveis consequências, nomeadamente a prevalência da violência doméstica na vida adulta, é necessário promover desde terna idade ações e mecanismos que promovam o princípio da igualdade e de uma cultura de não-violência.
A violência no namoro deve ser combatida o mais cedo possível tendo em vista a mudança mentalidades e de atitudes, particularmente na forma as mulheres e as raparigas são representadas, geralmente em papéis subordinados e de subalternidade, e em que a violência e a objetificação da mulher é aceite, tolerada e normalizada.
A violência no namoro, a violência contra as mulheres e a violência baseada no género, são fenómenos generalizados e devem ser entendidos como uma forma extrema de discriminação e uma violação dos direitos humanos que afeta a vida quotidiana de homens, mulheres e raparigas. Deixa marcas físicas e psicológicas profundas, causa danos à saúde e, em alguns casos, resultar na própria morte.
Por isso, é necessário uma mobilização individual e coletiva no processo de erradicação da violência no namoro. De promover campanhas de informação e sensibilização junto dos mais jovens, para que possam compreender a verdadeira dimensão da violência no namoro e a sua prevalência na vida adulta.
Nesta ótica o sistema educativo pode e deve desempenhar um papel fundamental na promoção de mudanças de comportamentos e de mentalidades. Vista demasiadas vezes como uma questão privada e do foro intimo, é tolerada e aceite com demasiada facilidade. A sua erradicação não será alcançada apenas com intervenções isoladas, mas mediante uma tomada de consciência das suas causas mais profundas.
Por isso, é necessário encorajar um debate aberto sobre a violência no namoro, reconhecer e responder à amplitude, à sua natureza específica e ao impacto do fenómeno. Só a tomada de consciência das suas dimensões e consequências poderá aumentar as taxas de denúncia às autoridades e aos serviços de apoio à vítima, e conduzir à eliminação de todas as formas de violência nas relações de intimidade.
Telefone: (+351) 212 592 663
Intervimos ativamente para a construção e mudança de paradigma da Economia Social e Solidária.
Pela construção de uma sociedade mais justa, paritária e inclusiva.