Associação ACEGIS

Se o teu namorado/a te controla, humilha, insulta, isola, persegue e agride, pede ajuda. Isso não é amor, é violência! ✋⛔️ #NãoPermitas! #ViolênciaNoNamoro

Susana Pereira, ACEGIS

Há mais queixas de violência física no namoro do que no casamento

As Forças de Segurança recebem em média três queixas de violência doméstica por hora, 11% correspondem a uma relação de namoro. As queixas apresentadas às autoridades em 2019 por violência física nas relações de namoro (88%) superam as das pessoas casadas .

As queixas apresentadas às autoridades em 2019 por violência física nas relações de namoro superam as das pessoas casadas. A informação consta no relatório anual de monitorização de violência doméstica do Ministério da Administração Interna (SGMAI).

De acordo com o relatório, em 2019, as Forças de Segurança receberam em média três queixas de violência doméstica por hora, 11% correspondiam a uma relação de namoro. Sendo que a proporção mais elevada de casos em que foi assinalada a violência física registou-se nas relações de namoro (88%), superando as relações entre cônjuges ou casais em situação análoga (75%).

A violência psicológica/emocional teve valores mais expressivos (iguais ou superiores a 90%) nas situação de violência contra ex-namorados/as, assumindo valores ligeiramente inferiores quando a violência exercida é sobre atual namorado (75%). A violência sexual surge em menor proporção, variando entre os 2-3% nas situações de violência contra namorados/as e ex-namorados/as, respetivamente. 

Efetuando uma análise global segundo o tipo de relação vítima-denunciado/a, a proporção de vítimas do sexo feminino também é superior nas relações de namoro (87%) quando comparada em termos globais, cerca de 82% das vítimas de violência doméstica são do sexo feminino e os denunciados do sexo masculino (84%).

Indicadores Globais

Em 2019 foram registadas pelas Forças de Segurança 29.473 participações de violência doméstica, 11% correspondiam a relações de namoro (presentes ou passadas)

queixas violência no namoro

A violência física nas relações de namoro (88%) supera as relações entre cônjuges, casais em situação análoga,(75%).

87% das vítimas de violência no namoro é do sexo feminino e o denunciado do sexo masculino

Prevenir e sensibilizar, face à forte probabilidade de que as atuais vítimas de violência no namoro se tornarem, mais tarde, vítimas de violência doméstica.

Se o teu namorado/a te controla, humilha, insulta, isola, persegue e agride, pede ajuda. Isso não é amor, é violência! ✋⛔️ #NãoPermitas! #ViolênciaNoNamoro

Considerando a importância da prevenção e sensibilização para a problemática da violência no namoro, atendendo às possíveis consequências, nomeadamente a prevalência da violência doméstica na vida adulta, é necessário promover desde terna idade ações e mecanismos que promovam o princípio da igualdade e de uma cultura de não-violência. 

A violência no namoro deve ser combatida o mais cedo possível tendo em vista a mudança mentalidades e de atitudes, particularmente na forma as mulheres e as raparigas são representadas, geralmente em papéis subordinados e de subalternidade, e em que a violência e a objetificação da mulher é aceite, tolerada e normalizada. 

A violência no namoro, a violência contra as mulheres e a violência baseada no género, são fenómenos generalizados e devem ser entendidos como uma forma extrema de discriminação e uma violação dos direitos humanos que afeta a vida quotidiana de homens, mulheres e raparigas.  Deixa marcas físicas e psicológicas profundas, causa danos à saúde e, em alguns casos, resultar na própria morte. 

Por isso, é necessário uma mobilização individual e coletiva no processo de erradicação da violência no namoro. De promover campanhas de informação e sensibilização junto dos mais jovens, para que possam compreender a verdadeira dimensão da violência no namoro e a sua prevalência na vida adulta. 

Nesta ótica o sistema educativo pode e deve desempenhar um papel fundamental na promoção de mudanças de comportamentos e de mentalidades. Vista demasiadas vezes como uma questão privada e do foro intimo, é tolerada e aceite com demasiada facilidade. A sua erradicação não será alcançada apenas com intervenções isoladas, mas mediante uma tomada de consciência das suas causas  mais profundas.  

Por isso, é necessário encorajar um debate aberto sobre a violência no namoro, reconhecer e responder à amplitude, à sua natureza específica e ao impacto do fenómeno. Só a tomada de consciência das suas dimensões e consequências  poderá aumentar as taxas de denúncia às autoridades e aos serviços de apoio à vítima, e conduzir à eliminação de todas as formas de violência nas relações de intimidade.

Recursos de Apoio

Violentómetro

Violentómetro ajuda a identificar e a medir comportamentos de violência

Uma ferramenta que visa alertar os estudantes universitários para a identificação, prevenção e denúncia de comportamentos violentos, ou potencialmente violentos no namoro ou no casamento.

Guias de Prevenção e Boas Práticas

Campanhas Oficiais

Associação para a Cidadania, Empreendedorismo, Género e Inovação Social

Artigos Relacionados

Todos os Direitos Reservados.

Telefone: (+351) 212 592 663

Intervimos ativamente para a construção e mudança de paradigma da Economia Social e Solidária.

Pela construção de uma sociedade mais justa, paritária e inclusiva.

©Associação ACEGIS

Partilhar

Like this:

Like Loading...