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O novo relatório do IPCC, para a 6.ª avaliação das alterações climáticas, afirma que “o aquecimento global é pior e mais rápido do que se temia”, sendo que algumas das algumas das alterações climáticas são já “irreversíveis”. Estima-se que dentro de duas décadas as temperaturas aumentem mais de 1,5 graus Celsius, com riscos de desastres “sem precedentes” para a humanidade, já afetada por ondas de calor e inundações.
Preparado por 234 cientistas de 66 países, o relatório destaca que a ação humana foi responsável por aquecer os sistemas climáticos e que a influência humana é “inequívoca” uma vez que é responsável pelo aumento de 1,1 graus do aquecimento global desde 1850 e constata que, em média, nos próximos 20 anos, a temperatura global deve atingir ou ultrapassar 1,5 ° C de aquecimento.
‘Código vermelho para a humanidade’
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António Guterres, o secretário-geral da ONU, alertou que o relatório “é um código vermelho para a humanidade. Os sinais de alarme são ensurdecedores, e as provas são irrefutáveis: as emissões de gases com efeito de estufa provenientes da queima de combustíveis fósseis e da desflorestação estão a sufocar o nosso planeta e a colocar milhares de milhões de pessoas em risco imediato”.
Um dos pontos de maior preocupação dos/as cientistas do IPCC é que o aquecimento global, originalmente previsto para 2°C, vai ser extrapolado no final deste século. A menos que sejam promovidas nas próximas décadas, nomeadamente reduções dramáticas e rápidas na emissão de CO2 e de outros gases do efeito estufa, a meta estabelecidas no Acordo de Paris (2015) está “fora do alcance”.
Os/As cientistas também alertam que à medida que avança o aquecimento global as mudanças climáticas e o surgimento de fenómenos extremos de claro, precipitação, secas extremas, ciclones tropicais intensos, bem como reduções no gelo do mar Ártico.
“Reduções fortes, rápidas e consistentes nas emissões de metano também limitariam o efeito de aquecimento resultante da diminuição da poluição por aerossol”, destacam os cientistas do IPCC.
O relatório explica que, da perspectiva das ciências físicas, limitar o aquecimento global induzido pelo homem requer a limitação das emissões cumulativas de dióxido de carbono, atingindo pelo menos zero emissões líquidas de CO2, e reduzir a emissão de gases de efeito estufa e poluentes do ar, especialmente o metano, “pode trazer benefícios tanto para a saúde quanto para o clima.”
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Sobre o IPCC – O Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima é o organismo da ONU promotor da ciência relacionada às mudanças climáticas. Ele foi criado em 1988 pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) para equipar líderes políticos com avaliações científicas periódicas sobre as mudanças climáticas, suas implicações e riscos, bem como a proposição de estratégias de adaptação e mitigação.
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