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De acordo com a Tansegender Europe (TGEU), entre 01 de outubro de 2020 e 30 de setembro de 2021, 375 pessoas trans foram assassinada em todo o mundo. Na Europa foram reportados 14 casos em 8 países, incluíndo Portugal.
De 2008 a 2021, foram reportados 4.042 homicídios de pessoas transgénero em 75 países. Porém, o último ano (2021) foi o “mais mortal” desde que há registo. O alerta é feito pela Tansegender Europe (TGEU), de acordo com último relatório, entre 01 de outubro de 2020 e 30 de setembro de 2021, foram reportados 375 homicídios de pessoas trans em todo o mundo, mais 7% do que no ano anterior (350). Na Europa foram registados 14 casos em 8 países, incluíndo Portugal.
375 pessoas trans assassinadas no último ano. Nove em cada dez (96%) eram mulheres trans ou pessoas trans num espetro feminino.
A média de idades é 30 anos e a pessoa mais nova assassinada tinha 13 anos. 36% foram mortas na rua e 24% nas suas próprias casas. 43% das pessoas trans assassinadas na Europa eram migrantes;
A maioria dos homicídios aconteceu na América Central e do Sul (70%). Porém, tal como nos últimos anos, a maioria das mortes ocorreu no Brasil, totalizando 33% das mortes globais.
A transfobia é uma ameaça real que devemos enfrentar e erradicar em todas as suas formas e em todos os lugares. Sobretudo quando constatamos que há uma regressão global em matéria de direitos das pessoa trans e dos direitos LGBTIQ, que continuam a ser alvo de violência, perseguição, tortura e morte em muitas partes do mundo.
Na Europa, em países como a Polónia e a Hungria está a aumentar a retórica anti-LGBTIQ, mas também um crescente escalar da violência homofóbica e transfóbica com a proclamação das chamadas «zonas sem LGBTI».
As pessoas trans têm o direito viver em liberdade e de mostrar publicamente a sua expressão e identidade de género, sem receio de se tornarem vítimas de intolerância, discriminação ou perseguição, de sentirem que estão em segurança no trabalho, na escola ou nos espaços públicos. De viver uma vida livre de discriminação e de violência.
por, Susana Pereira
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