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O espetáculo “Jesus, o Filho” retrata o transtorno “Hikikomori”; o isolamento, a exclusão social e a morte (in)voluntária. A vida é uma sucessão de perdas: dos sonhos, da coragem, da identidade, da liberdade.
O agressor da sociedade positivista contemporânea tornou-se invisível: Jesus foge e refugia-se em casa. Mas haverá um lugar seguro?
Este último texto da trilogia “A Sagrada Família” de Elmano Sancho (“José, o Pai”, “Maria, a Mãe” e “Jesus, o Filho”) é um “apokálypsis” (revelação, em grego), um auto da fé, uma imolação, um cerimonial poético-perverso sobre a despedida, o fim e a salvação. “Jesus, o Filho” retrata o universo contemporâneo, imprevisível, de perdas sucessivas e (in)esperadas: a perda da juventude, dos sonhos, da família, da identidade, da coragem, da integridade, da liberdade, da vida.
O espetáculo “Jesus, o Filho” retrata o transtorno “Hikikomori”;” o isolamento, a exclusão social e a morte (in)voluntária. A vida é uma sucessão de perdas: dos sonhos, da coragem, da identidade, da liberdade.
O agressor da sociedade positivista contemporânea tornou-se invisível: Jesus foge e refugia-se em casa. Mas haverá um lugar seguro?
Este último texto da trilogia “A Sagrada Família” de Elmano Sancho é um “apokálypsis” (revelação, em grego), um auto da fé, uma imolação, um cerimonial poético-perverso sobre a despedida, o fim e a salvação. Jesus, o Filho, sacrifica-se na esperança de se (nos) salvar; o sacrifício materializa-se através da confissão e do abandono progressivo do discurso.
Jesus, a personagem central – que não é Jesus, mas que não deixa de ser um “messias” – fala connosco sem artifícios, delivrando a sua coragem e inteligência. É um homem comum que não se deixa influenciar, que não muda de discurso, nem de tom de voz. Que se mostra firme e resistente, implacável na sua crítica ao mundo. Que ganha uma dimensão mítica e heróica, política e humana, que o distingue de todos os demais. Um homem que vai morrer, mas que continua onde está. Sendo o que é. Humano. Um homem-guia que tem medo, como todos nós, mas que continua vivo, no meio do horror e da morte.
O espetáculo apresenta, como estrutura dramatúrgica/cénica, os passos da confissão e reconciliação: o exame de consciência, o arrependimento, a confissão e o cumprimento da penitência. O sacrifício íntimo de Jesus, o Filho, no espaço público da cena, é o ato de rebelião desesperado; o combate para recuperar a identidade perdida no massacre desleal da vida quotidiana. Mas, redentora, a confissão não perde nunca a faceta dura do interrogatório: a exposição, a humilhação e a violência. “Estou cansado, porque, a certa altura, a gente tem de estar cansada. De que estou cansado, não sei, de nada me serviria sabê-lo, pois o cansaço fica na mesma.” (Fernando Pessoa in “A Mística do Instante” de J.T. Mendonça, 2015)
Fotografia de Filipe Ferreira
Texto e Encenação | Elmano Sancho
Interpretação | Elmano Sancho, Joana Bárcia, Vicente Wallenstein e Ruy de Carvalho (voz)
Assistência de encenação | Paulo Lage
Cenografia | Samantha Silva
Figurinos | Ana Paula Rocha
Confeção |Mestra Olga Amorim
Desenho de Luz |Pedro Nabais
Coprodução
Loup Solitaire
Teatro da Trindade – Fundação
INATEL
Casa das Artes de Famalicão
Teatro Municipal de Bragança
Parcerias
ACEGIS, ADEB, ADSCCL, AGUINENSO, APOIARTE/CASA DO ARTISTA,
MOINHO DA JUVENTUDE
Apoio
Fábrica das Boas ideias
Câmara Municipal de Lisboa
Projeto financiado pela Direção-Geral das Artes (apoio a projetos)
Datas de apresentação
15 de setembro a 30 de outubro de 2022 – Teatro da Trindade (Estreia e temporada)
4 de novembro de 2022 – Casa das Artes de Famalicão (circulação)
17 de novembro de 2022 – Teatro Municipal de Bragança (circulação)
25 de novembro de 2022 – Cine-Teatro Avenida/Castelo Branco (circulação)
9 de dezembro de 2022 – Teatro Diogo Bernardes/Ponte de Lima (circulação)
13 e 14 de janeiro de 2023 – Teatro Municipal Baltazar Dias (circulação)
4 de fevereiro de 2023 – Teatro Municipal da Guarda (circulação)
9 de fevereiro de 2023 – Teatro das Figuras (circulação)
Telefone: (+351) 212 592 663
Intervimos ativamente para a construção e mudança de paradigma da Economia Social e Solidária.
Pela construção de uma sociedade mais justa, paritária e inclusiva.