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Violência de Género: Conselho da Europa aprova "Declaração de Dublin"

Na Declaração de Dublin, os Estados-membros do Conselho da Europa comprometem-se a combater a discriminação e a violência doméstica, sexual e baseada no género, assim como as dinâmicas de poder de género no setor público e privado, através de medidas ou metas concretas.

A denominada Declaração de Dublin foi aprovada na Conferência de Ministros/as da Justiça «Não há paraísos seguros: medidas de prevenção integradas para acabar com a violência doméstica, sexual e a violência baseada no género».

Portugal aprovou, com os restantes Estados-membros do ⁦⁦Conselho da Europa a Declaração de Dublin, sobre a prevenção da violência doméstica, sexual e baseada no género.

Trinta e oito Estados-membros do Conselho da Europa comprometeram-se  a combater a discriminação e a violência doméstica, sexual e baseada no género, assim como as dinâmicas de poder de género no setor público e privado, através de medidas ou metas concretas.

Os/As Ministros/as da Justiça do Conselho da Europa (CE) aprovaram, no passado dia 30 de setembro, uma declaração sobre a prevenção da violência doméstica, sexual e baseada no género, no quadro da Conferência de Ministros da Justiça «Não há paraísos seguros: medidas de prevenção integradas para acabar com a violência doméstica, sexual e a violência baseada no género», que decorreu nos dias 29 e 30 de setembro, em Dublin, a convite do Ministro da Justiça da Irlanda,

Após dois dias de discussão e apresentação de propostas e medidas de prevenção destinadas a uma mudança estratégica de longo prazo nas atitudes da sociedade e, consequentemente, nos comportamentos para acabar com a violência contra as mulheres em todas as suas formas, os representantes de 38 Estados-membros do CE comprometeram-se a promover ativamente uma cultura institucional e política que rejeite a discriminação e a violência com base no género, o sexismo, os estereótipos de género, assim como as dinâmicas de poder de género no setor público e privado, através de medidas ou metas concretas. 

Comprometeram-se também a garantir que as estratégias de prevenção e de combate à violência contra as mulheres contemplam o papel de homens e meninos na prevenção deste fenómeno e desenvolvem medidas específicas para os envolver. Complementarmente, devem ser implementadas iniciativas que promovam o empoderamento de mulheres e meninas e que as apoiem na denúncia de experiências de violência.

"A violência contra a mulher é combatida antes de chegar aos Tribunais. Portugal tem feito um grande esforço nesse sentido", afirmou o Secretário de Estado Adjunto e da Justiça, Jorge Alves Costa,

Portugal foi representado na Conferência pelo Secretário de Estado Adjunto e da Justiça, Jorge Alves Costa, em substituição da Ministra da Justiça

Na sua intervenção, o Secretário de Estado referiu-se à implementação da Estratégia Nacional para a Igualdade e Não Discriminação 2018-2030, explicando que a preocupação central desta estratégia é a eliminação de estereótipos. «A violência contra a mulher não é combatida apenas nos Tribunais, mas principalmente de antemão: na verdade, antes de chegar aos Tribunais. Portugal tem feito um grande esforço nesse sentido», sublinhou.

Jorge Alves Costa mencionou igualmente a legislação adotada em Portugal em 2021, que alargou o âmbito de proteção da vítima de violência doméstica, passando a abranger todas as pessoas vítimas de crimes, nomeadamente atentado à sua integridade física ou psicológica, danos emocionais ou morais ou perdas materiais.
 
A mesma lei alterou, também, a Base de Dados de Violência Doméstica para uma nova Base de Dados de Violência contra a Mulher e Violência Doméstica, que visa promover um conhecimento aprofundado sobre estes fenómenos, contribuindo para o desenvolvimento de todas as políticas públicas especificamente dirigidas a prevenir e combater essas formas de violência e obter uma visão global e integrada dos homicídios e outras formas de violência contra a mulher e a violência doméstica.
 

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