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De acordo com a Tansegender Europe (TGEU), entre 01 de outubro de 2021 e 30 de setembro de 2022, 327 pessoas trans foram assassinada em todo o mundo. Na Europa foram reportados 14 casos em 10 países.
De 2008 a 2022, foram reportados 4.369 homicídios de pessoas transgénero em 75 países. Só no último ano, 327 pessoas trans assassinadas em todo o mundo. Na Europa, 14 pessoas trans assassinadas em dez países: Turquia (4), França (2), Estónia, Georgia, Alemanha, Itália, Países Baixos, Suécia, Suíça e Reino Unido todos com 1 caso reportado.
Os dados constam do último relatório da Tansegender Europe (TGEU), salienta que a América Latina e as Caraíbas continuam a ser a região onde se regista a maioria dos homicídios, com 222 casos. E, pela primeira vez, a Estónia e a Suíça relataram casos – as vítimas foram mulheres trans negras migrantes, a jamaicana Sabrina Houston e a brasileira Cristina Blackstar, ambas foram apunhaladas até à morte nas suas próprias casas.
95% eram mulheres trans ou pessoas trans num espetro feminino. Dos casos com dados sobre a raça e a etnia, as pessoas transexuais racializadas constituíram 65% dos assassinatos registados.
A maioria das vítimas tinha entre 31 e 40 anos de idade. 35% foram mortas na rua e 27% nas suas próprias casas. 36% das pessoas trans assassinadas na Europa eram migrantes;
A maioria dos homicídios aconteceu América Latina e nas Caraíbas (68%). Porém, tal como nos últimos anos, a maioria das mortes ocorreu no Brasil, totalizando 29% das mortes globais.
A transfobia é uma ameaça real que devemos enfrentar e erradicar em todas as suas formas e em todos os lugares. Sobretudo quando constatamos que há uma regressão global em matéria de direitos das pessoa trans e dos direitos LGBTIQ, que continuam a ser alvo de violência, perseguição, tortura e morte em muitas partes do mundo.
Na Europa, em países como a Polónia e a Hungria está a aumentar a retórica anti-LGBTIQ, mas também um crescente escalar da violência homofóbica e transfóbica com a proclamação das chamadas «zonas sem LGBTI».
As pessoas trans têm o direito viver em liberdade e de mostrar publicamente a sua expressão e identidade de género, sem receio de se tornarem vítimas de intolerância, discriminação ou perseguição, de sentirem que estão em segurança no trabalho, na escola ou nos espaços públicos. De viver uma vida livre de discriminação e de violência.
por, Susana Pereira
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