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Uma em cada 74 pessoas no mundo foi forçada a deixar suas casas devido à violência, perseguição e desastres naturais, de acordo com o ACNUR.
Cerca de 110 milhões de pessoas tiveram que fugir de suas casas por causa de conflitos, perseguições ou violações de direitos humanos, alerta o ACNUR. A guerra no Sudão, que deslocou quase 2 milhões de pessoas desde abril, é a mais recente de uma longa lista de crises que levou ao número recorde.
O número de pessoas forçadas a fugir em todo o mundo devido a conflitos, perseguições e outras violências atingiu em 2022 um recorde de 108,4 milhões, mais 19,1 milhões do que no ano anterior.
Em maio, deste ano, o número chegou a 110 milhões, principalmente devido ao grande número de pessoas que tiveram que fugir da violência do conflito no Sudão, na África. Os números constam do relatório “Tendências Globais do Deslocamento Forçado”, divulgado nesta quarta-feira pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).
No final de 2022, 108,4 milhões de pessoas em todo o mundo foram deslocadas à força como resultado de perseguição, conflito, violência, violações de direitos humanos e eventos que perturbam seriamente a ordem pública.
Isso representa um aumento de 19 milhões de pessoas em comparação com o final de 2021. É também o maior aumento entre anos, de acordo com as estatísticas do ACNUR sobre deslocamento forçado.
1 em cada 74 pessoas no mundo foi forçada a deixar suas casas.
O principal relatório anual do ACNUR, constatou que até o final de 2022, o número de pessoas deslocadas por guerra, perseguição, violência e violações de direitos humanos atingiu o recorde de 108,4 milhões, um aumento de 19,1 milhões em relação ao ano anterior, o maior aumento já registrado. A trajetória ascendente do deslocamento forçado global não mostrou sinais de desaceleração em 2023 com a eclosão do conflito no Sudão, que desencadeou novos fluxos de saída, elevando o total global para uma estimativa de 110 milhões até maio.
A invasão russa da Ucrânia, juntamente com outros conflitos e alterações climáticas, fez com que, no ano passado, “mais pessoas do que nunca tenham permanecido longe das suas casas, aumentando a urgência de uma ação coletiva e imediata para aliviar as causas e o impacto do deslocamento (…) A consequência é a devastação, o deslocamento e a angústia para cada uma das milhões de pessoas arrancadas à força de suas casas”, referiu o Alto Comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi.
Do total global, 35,3 milhões eram refugiados, pessoas que cruzaram uma fronteira internacional para encontrar segurança, enquanto uma parcela maior – 58%, representando 62,5 milhões de pessoas – foram deslocadas em seus países de origem devido a conflitos e violência.
O número de pessoas refugiadas em todo o mundo aumentou de 27,1 milhões em 2021 para 35,3 milhões no final de 2022, o maior aumento anual já registrado, de acordo com as estatísticas do ACNUR sobre deslocamento forçado.
O aumento foi em grande parte devido aos refugiados da Ucrânia que fugiram do conflito armado internacional em seu país.nGlobalmente, 52% de todos os refugiados e outras pessoas que precisam de proteção internacional vieram de apenas três países: Síria (6,5 milhões), Ucrânia (5,7 milhões) e Afeganistão (5,7 milhões).
Guerra na Ucrânia: O número de refugiados da Ucrânia aumentou de 27 300 no final de 2021 para 5,7 milhões em 2022, representando o maior aumento desde a Segunda Guerra Mundial.
A guerra na Ucrânia foi o principal impulsionador do deslocamento em 2022. O número de refugiados do país aumentou de 27.300, no final de 2021, para 5,7 milhões, no final de 2022, “representando o mais rápido fluxo de refugiados desde a Segunda Guerra Mundial”, ainda de acordo com o ACNUR.
“As estimativas do número de refugiados do Afeganistão também eram significativamente superiores no final de 2022, devido à revisão das estimativas dos afegãos acolhidos no Irão, sendo que muitos destes chegaram nos anos anteriores”, acrescentou.
Embora o número total de deslocados tenha continuado a crescer, o relatório Global Trends também mostrou que aqueles forçados a fugir não estão condenados ao exílio, mas podem e vão para casa, voluntariamente e com segurança.
Em 2022, mais de 339 mil pessoas refugiadas regressaram a 38 países e, embora tenha sido menor do que no ano anterior, houve regressos voluntários significativos em países como o Sudão do Sul, Síria, Camarões e Costa do Marfim. Acresce que, 5,7 milhões de deslocados internos regressar a casa em 2022, nomeadamente na Etiópia, Myanmar, Síria, Moçambique e República Democrática do Congo.
No final de 2022, estima-se que 4,4 milhões de pessoas em todo o mundo eram apátridas ou de nacionalidade indeterminada, representando mais 2% do que no final de 2021.
O relatório Tendências Globais, produzido pelo ACNUR, insta os governos e as ONG a encontrarem novas soluções para o problema crescente dos refugiados e a garantir que aqueles que foram forçados a fugir não sejam condenados a um exílio permanente.
O relatório Global Trends do ACNUR apresenta os números mais recentes de pessoas refugiadas, requerentes de asilo, deslocados internos e apátridas em todo o mundo.
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