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Os destinos da Europa e a independência da Ucrânia, no dia que marca dois anos da invasão em grande escala da Ucrânia pela Rússia.
O dia 24 de fevereiro marca dois anos desde o início da guerra na Ucrânia e dez anos desde a anexação da Crimeia pela Rússia.
A Ucrânia continua corajosamente a resistir contra o ataque brutal lançado pela Rússia, continua a lutar pela sobrevivência do seu país, pela sua soberania e integridade territorial, na esperança de construir um futuro livre e independente.
Uma guerra marcada pela devastação da vida de milhões de pessoas e que obrigou mais de quatro milhões pessoas a fugir das suas casas e que desencadeou a maior crise de refugiados dentro da Europa, desde a Segunda Guerra Mundial.
Mas dois anos após o início da guerra, a Ucrânia depara-se com uma escassez de recursos, insuficientes meios de treino e equipamento militar que, juntamente como o impasse internacional na ajuda financeira e militar, tem conduzido a pesadas perdas que colocam em risco a sua capacidade defensiva.
A guerra continua e o apoio à Ucrânia é agora mais necessário do que nunca, as forças russas não podem continuar a ganhar terreno. Uma vitória da Rússia teria repercussões devastadoras na capacidade de preservar a paz e a segurança europeia. Por isso, é necessário o reconhecimento de que os destinos da Europa e a independência da Ucrânia estão estreitamente interligados.
Na tentativa de apagar a existência da Ucrânia e o crescente alinhamento democrático com o Ocidente, Vladimir Putin está a reordenar a arquitetura da paz e da segurança na Europa. Por isso, este é o momento de maior urgência, de reconhecer que é do interesse dos países europeus deter as forças miliares russas, e de mitigar a ameaça de que mais agressões possam acontecer em outras partes da Europa.
A Ucrânia está a lutar pela nossa liberdade, pela nossa segurança e pelos valores da Democracia. A Ucrânia não pode ficar sozinha na defesa da liberdade que a Rússia de Vladimir Putin quer combater: a existência de um povo vizinho que luta e exercer direitos que ele nega ao seu próprio povo.
A notícia da morte de Alexei Navalny é a demonstração última de um regime que não tolera a liberdade e o pensamento democrático.
O dia 16 de fevereiro fica para história marcado com a mesma perplexidade com a notícia da invasão das tropas Russas na madrugada do dia 24 de fevereiro de 2022. É em tudo idêntico e sentimento partilhado é comum. Porque apesar de todos os indícios e de se temer que as ameaças fossem concretizadas, havia a esperança de que o pior nunca acabaria por acontecer.
Vladimir Putin não age apenas no plano geoestratégico e militar, mostra que a crueldade imprudente é o seu maior trunfo. A sua maior vitória é sobre a perda da esperança: a verdadeira espinha dorsal do regime de Vladimir Putin.
Destemido, Navalny foi um raro líder na história da Rússia e a principal figura de oposição ao regime autocrata e repressivo do Kremlin. Agora, Valdir Putin não enfrenta mais nenhuma ameaça no horizonte que ponha em causa o seu poder, nem dentro do regime, nem na sociedade Russa.
Sem qualquer oposição, o regime do silenciamento e a máquina de opressão, as eleições presidências de março, serão o coroar de um déspota com a síndrome de imperador. Putin pretende restaurar, tanto quanto possível, o Império Russo.
por Susana Pereira, Fundadora da ACEGIS
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