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um filme de Mohammad Rasoulof

A Semente do Figo Sagrado

Com estreia marcada já no próximo dia 30 janeiro, conta a história de uma família iraniana no pico da luta “Mulher, Vida, Liberdade”.

«Tanto pela sua visão elevada como pela sua inspiração visual, esta denúncia do poder iraniano em forma de tragédia é um dos grandes filmes do nosso tempo.» Transfuge

«A Semente do Figo Sagrado», um filme de Mohammad Rasoulof

Com estreia marcada já no próximo dia 30 de janeiro, conta a história de uma família iraniana no pico da luta “Mulher, Vida, Liberdade”, abalada quando o pai, promovido a um alto cargo no Tribunal Revolucionário de Teerão, perde a arma que lhe foi atribuída e acusa as suas filhas. Um filme de extrema relevância, promete ser um dos acontecimentos cinematográficos do ano.

Através dos seus filmes, Mohammad Rasoulof tem sido um grande opositor da ditadura teocrática que rege a República Islâmica do Irão. Em 2010, o realizador foi preso depois de as autoridades iranianas irromperem pelo set de filmagem, sob a acusação de estar a filmar sem licença. Foi condenado a seis anos de prisão, mais tarde reduzidos para um ano. Em 2017, após realizar A Man of Integrity (vencedor da secção Un Certain Regard do Festival de Cannes), o seu passaporte foi confiscado e foi proibido de sair do país. Pelo mesmo filme, foi condenado, dois anos mais tarde, a um ano de prisão. Rasoulof voltou a ser detido no Verão de 2022, por apoiar os protestos que eclodiram após o desabamento de um prédio que provocou mais de quarenta mortos. Nesse período, testemunhou, com outros prisioneiros políticos, o início do movimento “Mulher, Vida, Liberdade”, que se formou em protesto contra a morte da jovem Mahsa Amini.

A dimensão inesperada dos protestos, a coragem das mulheres e as mudanças sociais que se fizeram sentir inspiraram Rasoulof. Assim surgiu o enredo de A Semente do Figo Sagrado, que tem lugar durante os protestos do movimento “Mulher, Vida, Liberdade”. As filmagens foram feitas em segredo, o que requereu uma equipa técnica reduzida e um planeamento muito meticuloso. Em muitos momentos, Rasoulof não esteve presente, realizando o filme “à distância” para não chamar à atenção das autoridades. Apesar de todas as diligências da equipa, as autoridades descobriram o projecto. Por esta altura, uma sentença de oito anos de prisão a Rasoulof havia sido confirmada, à qual se somaria outra pena pelo novo filme, já programado para ser estreado no Festival de Cannes. Isto forçou o realizador a fugir do seu país, numa jornada dificílima que durou 28 dias. Rasoulof conseguiu apresentar A Semente do Figo Sagrado no Festival de Cannes, em Maio de 2024, onde esteve nomeado para a Palma de Ouro e ganhou o Prémio Especial do Júri, Prémio FIPRESCI, Prémio do Júri Ecuménico. Em Portugal, foi exibido no LEFFEST 2024 – Lisboa Film Festival, onde ganhou o Grande Prémio NOS de Melhor Filme.

O filme estará em exibição, entre outras, nas seguintes salas:

Cinema Nimas, Lisboa; UCI El Corte Inglés, Lisboa; Cinema City Alvalade, Lisboa; Teatro Campo Alegre, Porto; Cinema Trindade, Porto; UCI Arrábida 20, Vila Nova de Gaia

Soheila Golestani, Missagh Zareh, Mahsa Rostami, Setareh Maleki

Argumento: Mohammad Rasoulof
Direcção de Fotografia: Pooyan Aghababaei
Produção: Mohammad Rasoulof, Rozita Hendijanian, Amin Sadraei, Jean-Christophe Simon, Mani Tilgner

Distribuição: Leopardo Filmes

Mohammad Rasoulof nasceu no Irão, em 1972. Em 2002, realizou a sua primeira longa-metragem, The Twilight. Em 2009, teve a sua estreia nos grandes festivais europeus de cinema, com o lançamento de The White Meadows na Selecção Oficial em Competição do Festival de San Sebastián. Em 2010, as autoridades iranianas irromperam pelo set de filmagem e prenderam Rasoulof, sob a acusação de estar a filmar sem licença. Foi sentenciado a seis anos de prisão, mais tarde reduzidos para um ano. Em 2011, o seu filme Goodbye é seleccionado para o Festival de Cannes, onde regressaria com Manuscripts Don’t Burn, em 2013. O filme valeu-lhe o Prémio FIPRESCI da crítica internacional. Em 2017, o filme A Man of Integrity confirmou que à terceira é de vez, com Rasoulof a vencer a secção Un Certain Regard do Festival de Cannes. Neste mesmo ano, o seu passaporte é confiscado e o regime declara-o mamnu’-ol-xoruğ: pessoa proibida de sair do país, sendo condenado, em 2019, a mais um ano de prisão por A Man of Integrity. Depois das três idas a Cannes, There Is No Evil – O Mal Não Existe (2020) foi premiado com o Urso de Ouro no Festival de Berlim, que o realizador não pôde receber pessoalmente, impedido de sair do Irão. O filme recebeu também o Prémio do Júri Ecuménico. Rasoulof voltaria a ser detido em Junho de 2022 por apoiar os protestos que eclodiram no Irão após o desabamento de um prédio que provocou mais de quarenta mortos. Seria libertado por razões de saúde no início de 2023, todavia manteve-se a proibição de sair do Irão. Em Maio de 2024, no seguimento do anúncio de que o seu novo filme, The Seed of the Sacred Fig, teria estreia mundial na competição oficial do Festival de Cannes, as autoridades iranianas condenaram Rasoulof a uma nova pena de oito anos de prisão, flagelação e arresto de todas as suas posses materiais. O realizador conseguiu fugir clandestinamente do país, encontrando-se neste momento exilado na Europa. O filme foi unanimemente aclamado em Cannes, onde esteve presente e recebeu um Prémio Especial do Júri, o Prémio FIPRESCI e o Prémio do Júri Ecuménico. Será estreado em Portugal na Selecção Oficial em Competição do LEFFEST, na sua primeira presença como convidado no festival. Em 2017, A Man of Integrity também fez parte da Selecção Oficial em Competição e, em 2020, There Is No Evil – O Mal Não Existe esteve na Selecção Oficial Fora de Competição.

Festival de Cannes 2024 – Prémio Especial do Júri, Prémio FIPRESCI, Prémio do Júri Ecuménico

Óscares 2025 – Nomeado para Óscar Melhor Filme Internacional

Festival de San Sebastián 2024 – Melhor Filme Europeu

LEFFEST 2024 – Lisboa Film Festival – Grande Prémio NOS de Melhor Filme

BAFTA 2025 – Nomeação para Melhor Filme em Língua Não-Inglesa

The Guardian – Top 10 Melhores Filmes de 2024 (6º)

Time – Top 10 Melhores Filmes de 2024 (3º)

Variety – Top 10 Melhores Filmes de 2024 (2º)

Télérama – Melhor Filme do Ano

Lumière Awards 2025 – Melhor Co-Produção Internacional

«Tanto pela sua visão elevada como pela sua inspiração visual, esta denúncia do poder iraniano em forma de tragédia é um dos grandes filmes do nosso tempo.»

Transfuge 

«Forte e corajoso»

Les Inrocks 

«Um thriller de uma incrível força política.»

Télérama 

«O filme é uma parábola em forma de thriller hipnotizante e cativante no qual a paranóia, a misoginia e a fúria do Estado iraniano são mapeados perfeitamente numa família banal.»

The Telegraph 

«Rasoulof constrói uma alegoria extraordinariamente cativante sobre os custos corruptores do poder e a repressão das mulheres num patriarcado religioso que esmaga as pessoas que afirma proteger.»

Indiewire 

Time Out 

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