Em Portugal, as mulheres ganham, em média, menos 12,5% que os homens

Considerando este diferencial, no salário base, seria como se as mulheres portuguesas, em 2023, tivessem trabalhado 46 dias sem auferir qualquer salário pelo seu trabalho

A diferença salarial entre mulheres e homens voltou a diminuir ligeiramente, mas continua elevada. De acordo com a 7.ª edição do Barómetro, produzido pelo Ministério do Trabalho para avaliar as diferenças remuneratórias entre homens e mulheres, as mulheres em Portugal ganham, em média, menos 12,5% que os homens.

Face ao barómetro anterior, referente ao ano de 2022, observa-se uma melhoria ligeira melhoria: a diferença salarial média era então de 13,2%, sendo que em 2010 a diferença era de 17,9%.

Em 2023, os dados apresentados refletem uma diferença salarial significativa entre homens e mulheres, tanto na remuneração base bem como nos ganhos adicionais.

Na remuneração base, as mulheres ganham em média 1.124,9 € enquanto os homens ganham 1.286,2 €, o que resulta numa diferença salarial de 161,3 €. Isto traduz-se numa disparidade salarial de 12,5% entre mulheres e homens.

Quando ampliamos o foco para os ganhos, que incluem prémios, subsídios regulares e remunerações por trabalho suplementar, a diferença torna-se ainda mais significativa. As mulheres têm ganhos médios de 1.327,3 €, enquanto os homens alcançam 1.568,9 €, o que resulta numa diferença salarial de 241,6 €, ou cerca de 15,4%.

Considerando este diferencial, no salário base, seria como se as mulheres portuguesas, em 2023, tivessem trabalhado 46 dias sem auferir qualquer salário pelo seu trabalho.

A sétima edição, agora publicada, tem por base os Quadros de Pessoal de 2023, recolhidos em 2024 (Anexo A do Relatório Único) e reporta-se a todo o país, incluindo as Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores, sendo referente ao ano de 2023.

Consulte aqui o Barómetro das Diferenças Remuneratórias entre Mulheres e Homens (2025)